A partir do dia 1 de Outubro, o Instituto Nacional de Emergência Médica vai pôr em prática uma reorganização do serviço que presta às populações. Algumas das alterações estão ser fortemente contestadas pelas populações afetadas por esta decisão política.


A população de Macedo de Cavaleiros não concorda com a perda de um helicóptero, um serviço de emergência médica que consideram fulcral num território que nos últimos anos tem vindo a perder serviços.

O presidente do INEM afirma que o socorro está garantido, e diz que vai ser ainda mais eficaz, mas os habitantes do nordeste transmontano não acreditam, até porque já têm suficiente experiência de outras promessas mal cumpridas.

O movimento que promoveu a manifestação de 15 de Setembro contra a retirada do helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros convocou novo protesto para este domingo, o último dia de permanência da aeronave no Nordeste Transmontano.

Ilídio Mesquita, um dos impulsionadores da iniciativa nas redes sociais, adiantou esta sexta-feira à agência Lusa que a manifestação está convocada para as 15h00, junto ao heliporto de Macedo de Cavaleiros "para tentar impedir que o helicóptero vá embora".

Os defensores do serviço pedem á população para que no domingo dia 30, Coloquem faixas pretas nas janelas e varandas de todo o distrito, em sinal de protesto.

Em comunicando de imprensa os organizadores dizem que no domingo, dia 30 de setembro, às 15.00H muitas centenas de pessoas irão reunir-se no Heliporto Municipal de Macedo de Cavaleiros: Podem trazer “tratorres, carros, motos, carrinhas, carretas, tudo o que estiver ao alcance. Até carros funerários , porque mais um serviço vai morrer mas nós iremos lutar até ao fim”, salientam.

“Este é um serviço do qual não queremos nem podemos deixar sair da nossa região. Só unidos somos fortes na defesa do nosso futuro, da nossa região e das nossas gentes! Poderão oferecer ao país mil e um argumentos para a deslocação do helicóptero do INEM para Vila Real, mas nós nunca os entenderemos como aceitáveis. Os transmontanos (especialmente os do distrito de Bragança) começam a estar cansados de ser esquecidos e preteridos, em detrimento de argumentações economicistas (ou não) e de interesses que nada beneficiam as populações da nossa região”, acrescentam os organizadores do protesto em nota de imprensa enviada à comunicação social.

O protesto surge depois de a 15 de Setembro o movimento ter conseguido juntar centenas de pessoas em Macedo de Cavaleiros contra a medida, numa iniciativa marcada pelos testemunhos de vidas salvas pelo meio de socorro.

O movimento apela também a toda a população para colocar faixas negras nas janelas em sinal de luto pela perda de um meio que consideram "essencial" para a saúde no distrito de Bragança.

Enviar um comentário