Descobrir paladares de outros tempos foi a proposta que os casinos do Algarve Solverde colocaram à Região de Turismo do Nordeste Transmontano (RTNT), para nas suas unidades hoteleiras apresentarem a riqueza gastronómica da região.

A culinária do Nordeste Transmontano traz consigo o gosto milenar da história. Dos enchidos, presuntos e carnes serranas, ao cabrito, coelho ou perdiz, passando pela tradição da doçaria à base de amêndoa, a gastronomia da região expôs-se nas paragens algarvias nos passados dias 2, 3 e 4 de Novembro através da sua genuinidade e qualidade dos produtos, num repositório que recuperou alguns dos sabores já perdidos.

A convite da Região de Turismo do Nordeste Transmontano o Restaurante “Geadas” de Bragança serviu o jantar de gala em cada um dos casinos do algarvios (Hotel Algarve Casino na Praia da Rocha, Casino de Monte Gordo e Casino de Vilamoura), com uma ementa tipicamente Nordestina que foi bastante apreciada pelos comensais que encheram por completo as salas de jantar das três unidades hoteleiras.

Os doces e geleias, compotas e marmeladas confeccionadas sem qualquer tipo de aditivos e com fruta da Região de Trás-os-Montes, cultivada por métodos naturais e sem produtos químicos, foram representados pela ADIMAC, através da empresa de inserção “da Tradição se fez Doce”.

As máscaras tradicionais em madeira, tão tipicamente nordestinas, também marcaram presença neste encontro, desta feita oriundas de Miranda do Douro, da freguesia de Genísio e da oficina artesanal do Sr. Amável Antão que com apenas um formão dá forma a pedaços de madeira, transformando-os nas “horrendas” e tão admiradas máscaras que habitualmente se usam em rituais do solstício de Inverno no Nordeste Transmontano.

O Senhor Amável Antão trabalha no Museu Abade de Baçal e já arrecadou o 1.º prémio na Bienal da Máscara, realizada em Dezembro de 2005 na cidade de Bragança.

Durante os três dias deste encontro gastronómico, no hall de cada casino estavam expostas compotas e máscaras, num arranjo tão original quanto colorido que despertava a curiosidade nos habitues das costumadas salas de jogos.

Nos três jantares de gala servidos pelo restaurante “Geadas”, muitos dos presentes eram transmontanos que desde há algum tempo residem ou estavam de passagem por terras algarvias e que, aproveitando esta oportunidade, acabaram por matar saudades dos velhos repastos da terra mãe.

Além do presunto, salpicão, alcaparras, queijo curado, pão de centeio, pão de trigo, folar, caldo de perdiz e o tradicionalíssimo butelo com casulas, esteve também presente, à hora da sobremesa, o pudim de castanhas, o doce de abóbora e a tarte de grabanços.

Os manjares foram “regados” com as dádivas de Baco “Montes-Ermos”, nas variadades de branco e tinto.

Cada jantar de gala terminava com o espectáculo que estava em cartaz em cada um dos casinos onde se realizou a amostra gastronómica.

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