A EDP tem já em marcha os estudos geológicos, ambientais e socio-económicos para a construção da barragem da foz do rio Tua, que ficará entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães e Alijó.

O Projecto, anunciado em Dezembro passado, está a par do que irá ser construído no Baixo Sabor, também considerado de interesse nacional para dar cumprimento ao protocolo de Quioto e conta com o apoio dos autarcas daquela região, o mesmo não acontece em relação a esta barragem que conta com a contestação dos autarcas de Mirandela, José Silvano e Murça, João Luís Teixeira.

Já foram dados passos no local da construção, tendo na semana passada estado duas retro-escavadoras a abrir dois caminhos em terra batida para o local onde se supõe vir a ser construído o paredão da represa, um junto á ponte perto do rio Tua, e outro junto á EN 212 que liga o Tua a Alijó.

O estudo que vai fazer o levantamento dos interesses das populações que vão ver os seus terrenos inundados com o caudal da futura barragem está já a ser feito. Um dos principais prejuízos que Mirandela reivindica é a submersão da linha do Tua, encerrando assim uma das linhas de caminho ferro mais antigas da região e a única que resiste no distrito de Bragança.

A defesa desta linha para fins turísticos já foi defendida no mês de Agosto pelo Partido Ecologista os Verdes (PEV), aquando de uma jornada pelos caminhos de ferro de todo o país intitulada “de comboio eu vou”.

Nessa altura os deputados e responsáveis pelo PEV, defenderam a preservação da paisagem do vale do Tua, assumindo a não construção da barragem e a elevação a zona protegida.

Até ao final do fecho deste artigo, tentamos contactar os dois autarcas, mas não foi possível, remetendo o autarca de Murça para esta segunda feira uma declaração sobre o assunto.

Rui Tulik [24-10-2006]

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