A semana passada verificou-se um abate maciço de zimbros em pleno Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

Esta situação está a acontecer na área das aldeias de Cércio e Freixiosa, no concelho de Miranda do Douro e em zona fronteiriça, sendo este abate atribuído a um comerciante de madeiras da vizinha Espanha, país onde o corte de zimbros está interdito.

Segundo fonte local, durante a semana passada saíram dois camiões carregados de zimbros por dia, e o espanhol pagou a madeira à módica quantia de três cêntimos por quilo, embora em Espanha o valor pago pela madeira e derivados do zimbro, tenha um valor bastante elevado, o seu preço varia entre os 600 e os 800 euros por metro cúbico.

No nosso país o abate não é proibido, mas o director do Parque Natural do Douro Internacional garantiu que o abate massivo das espécies não iria ser consentido, uma vez que influencia o habitat da região.

Zimbro (Juniperis communis) – família das cupressáceas (Juniperus), que compreende cerca de sessenta espécies, espalhou-se por todo o hemisfério Norte, desde os trópicos até bem acima do Círculo Polar Árctico.

O zimbro (Juniperus communis) é a espécie de folha caduca mais difundida em todo o mundo. Dá-se bem tanto em solos húmidos como secos, desde que receba bastante luz; à sombra torna-se enfezado e amarelento. Nos habitats adequados, os zimbros podem tornar-se árvores com dez metros de altura.

Em geral vivem até cerca dos 200 anos, mas os zimbros-rasteiros, que revestem parte das encostas árcticas, podem sobreviver muitos mais séculos.

A madeira de zimbro é relativamente dura, forte e resistente. Resiste bem ao apodrecimento, pelo que é utilizada em ripas para telhados e postes para vedações e estacas de celeiros.

É adequada para tornearia, tanoaria, bem como para o fabrico de bengalas e hastes de cachimbos. Também é popular em artigos decorativos e recordações. Uma madeira muito aromática emprega-se ainda em fumeiros de peixe e carne e o óleo é utilizado na indústria de cosméticos.

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