Auditorias sectoriais mostram irregularidade das contas e já levaram à abertura de seis processos disciplinares e à suspensão de duas funcionárias.
Vária dezenas de milhares de euros foram desviados na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, revelam as auditorias sectoriais realizadas na Academia desde o início do ano. Foram já suspensas duas funcionárias, sobre as quais pendem seis processos disciplinares e contra as quais foi apresentada queixa na semana passada ao Ministério Público.
Em declarações ao DN, a administradora executiva da Universidade, Elsa Justino, anunciou que vai realizar uma auditoria geral a toda a Academia, depois de várias auditorias sectoriais realizadas desde o início do ano terem detectado irregularidades nas contas.
Uma delas na Secretaria de Alunos, onde uma funcionária com catorze anos de casa é acusada de ter lesado a Universidade através de um esquema de recibos falsos.
Segundo o DN apurou, no pagamento pelos alunos de certidões, diplomas e outros documentos, o recibo original entregue ao estudante tinha a importância cobrada. Mas a cópia para os serviços seria de valor inferior, ficando a funcionária com a diferença.
A funcionária foi suspensa em Abril por 90 dias por "conduta menos própria", pendendo sobre ela outros processos disciplinares ainda em investigação.
Para saber qual é exactamente o valor em falta, Elsa Justino dirigiu, em Maio, a todos os alunos da Academia, um e-mail a que o DN teve acesso, onde informa que os auditores da Deloitte & Associados estão a proceder a um trabalho de revisão de procedimentos de controlo interno. Nesse e-mail é-lhes pedido que enviem "os vossos recibos originais relativos a qualquer serviço solicitado nos serviços académicos da universidade, que vos tenham sido entregues entre os anos de 2005 e 2009".
A administradora confirmou também ao DN que a auditoria realizada ao Hospital Veterinário da Universidade revelou mais irregularidades que levaram à suspensão, há cerca de um mês, de uma funcionária com mais de dez anos de casa.
Neste caso, a desconfiança recai na subtracção de verbas aos cofres da Universidade por serviços prestados naquele Hospital. Neste caso, seriam desviadas sobretudo as importâncias pagas em dinheiro, mas nas quais não era solicitada factura.
Segundo a administradora da UTAD foi a não concordância dos inúmeros serviços prestados pelos vários sectores da Universidade e as receitas obtidas que desencadeou o processo.
A investigação "vai prosseguir, pois queremos total transparência", assegurou a responsável. A administração vai também modificar o sistema de controlo e contabilidade "que durante muitos anos foi feito manualmente".
Um dos sectores também em investigação é o avícola, onde a comercialização, principalmente dos ovos das galinhas, não terá ao longo dos anos rendido aos cofres da Universidade aquilo que deveria. A auditoria está ainda no início.
O DN apurou que são vários os sectores onde se torna necessário agir. Neste momento está a decorrer um concurso público para aquisição de um sistema de controlo da assiduidade através da inserção da impressão digital, que deverá entrar em funcionamento até ao fim do ano, para realmente se verificar quais os funcionários que cumprem o horário, pois chegou-se à conclusão que muitos deles apenas ali compareciam na Universidade de vez em quando.
Ainda segundo Elsa Justino, todos os sectores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vão ser passados a pente fino. A Universidade terá de funcionar como uma Academia Moderna, sendo necessário para isso um controlo absoluto sobre todos os sectores, defendeu.
Fonte: DN
Vária dezenas de milhares de euros foram desviados na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, revelam as auditorias sectoriais realizadas na Academia desde o início do ano. Foram já suspensas duas funcionárias, sobre as quais pendem seis processos disciplinares e contra as quais foi apresentada queixa na semana passada ao Ministério Público.
Em declarações ao DN, a administradora executiva da Universidade, Elsa Justino, anunciou que vai realizar uma auditoria geral a toda a Academia, depois de várias auditorias sectoriais realizadas desde o início do ano terem detectado irregularidades nas contas.
Uma delas na Secretaria de Alunos, onde uma funcionária com catorze anos de casa é acusada de ter lesado a Universidade através de um esquema de recibos falsos.
Segundo o DN apurou, no pagamento pelos alunos de certidões, diplomas e outros documentos, o recibo original entregue ao estudante tinha a importância cobrada. Mas a cópia para os serviços seria de valor inferior, ficando a funcionária com a diferença.
A funcionária foi suspensa em Abril por 90 dias por "conduta menos própria", pendendo sobre ela outros processos disciplinares ainda em investigação.
Para saber qual é exactamente o valor em falta, Elsa Justino dirigiu, em Maio, a todos os alunos da Academia, um e-mail a que o DN teve acesso, onde informa que os auditores da Deloitte & Associados estão a proceder a um trabalho de revisão de procedimentos de controlo interno. Nesse e-mail é-lhes pedido que enviem "os vossos recibos originais relativos a qualquer serviço solicitado nos serviços académicos da universidade, que vos tenham sido entregues entre os anos de 2005 e 2009".
A administradora confirmou também ao DN que a auditoria realizada ao Hospital Veterinário da Universidade revelou mais irregularidades que levaram à suspensão, há cerca de um mês, de uma funcionária com mais de dez anos de casa.
Neste caso, a desconfiança recai na subtracção de verbas aos cofres da Universidade por serviços prestados naquele Hospital. Neste caso, seriam desviadas sobretudo as importâncias pagas em dinheiro, mas nas quais não era solicitada factura.
Segundo a administradora da UTAD foi a não concordância dos inúmeros serviços prestados pelos vários sectores da Universidade e as receitas obtidas que desencadeou o processo.
A investigação "vai prosseguir, pois queremos total transparência", assegurou a responsável. A administração vai também modificar o sistema de controlo e contabilidade "que durante muitos anos foi feito manualmente".
Um dos sectores também em investigação é o avícola, onde a comercialização, principalmente dos ovos das galinhas, não terá ao longo dos anos rendido aos cofres da Universidade aquilo que deveria. A auditoria está ainda no início.
O DN apurou que são vários os sectores onde se torna necessário agir. Neste momento está a decorrer um concurso público para aquisição de um sistema de controlo da assiduidade através da inserção da impressão digital, que deverá entrar em funcionamento até ao fim do ano, para realmente se verificar quais os funcionários que cumprem o horário, pois chegou-se à conclusão que muitos deles apenas ali compareciam na Universidade de vez em quando.
Ainda segundo Elsa Justino, todos os sectores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vão ser passados a pente fino. A Universidade terá de funcionar como uma Academia Moderna, sendo necessário para isso um controlo absoluto sobre todos os sectores, defendeu.
Fonte: DN
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