Central termoeléctrica espanhola pode vir a ser construída junto à fronteira

Os autarcas portugueses da área fronteiriça que abrange o Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) encontram-se preocupados com os efeitos negativos que a construção de uma central termoeléctrica possa vir a ter a nível ecológico e de saúde para as populações.
A preocupação advém do facto de o Ministério do Ambiente espanhol ter dado permissão para a elaboração de um Estudo Impacto Ambiental (EIA) com vista à construção de uma central termoeléctrica combinada.
Esta unidade de produção de energia está projectada para a região de Zamora, numa área compreendida entre Vilalcampo e o Parque Natural das Arribas do Douro português. O projecto parece ser de grande envergadura, está orçado em 250 milhões de euros e terá uma potência de 850 megawatts.
Os espanhóis optaram por localizar o empreendimento numa zona pouco habitada do seu território, correspondente à área de Maral de Sayago que possui pouco mais do que 350 habitantes. O projecto com a responsabilidade de execução do grupo Iberdrola, tem já a oposição do alcaide de Moralina.
A viabilização deste empreendimento poderá vir a despertar novas movimentações de ambientalistas, à semelhança do que aconteceu no passado, quando o Governo espanhol demonstrou a intenção de na mesma zona construir uma central nuclear. Caso se confirme a nocividade do projecto em termos de saúde pública e do ambiente, o Presidente da Câmara de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, prometeu já combater em primeira linha contra a instalação da central termoeléctrica junto ao nosso território.
L.P

Enviar um comentário