Um violento incêndio deflagrou no passado dia 11 na Estação do Tua, tendo consumido duas carruagens Napolitanas, e parte do armazém de mercadorias.

O incêndio surgiu durante a madrugada por motivos ainda desconhecidos e levou à perda de duas carruagens Napolitanas, construídas em 1931 nas Oficinas Meridionais Ferroviárias de Nápoles.

Em comunicado distribuído aos meios de comunicação social o Movimento Cívico pela Linha do Tua considera que “mais uma parte do património dos Caminhos-de-Ferro Portugueses foi assim destruída, naquilo que é já uma imagem de anos de abandono do nosso património ferroviário e cultural, deixado em estações como a do Tua à mercê do tempo e do vandalismo, esperando como que a pedir desculpa por ainda existir a venda para a sucata ou para o estrangeiro, onde voltam a brilharem todo o seu esplendor”.

Segundo o movimento, que se debate pela preservação do troço de caminho de ferro que liga Foz Tua Mirandela, “estas carruagens serviram principalmente nas Linhas da PPF - Porto à Póvoa e Famalicão, e do Tua, sendo que a última composição que marcou de forma oficial o fim da Linha de Guimarães como Via Estreita foi formada por algumas destas carruagens. Foram ainda do último material circulante que chegou à estação de Bragança, celebrizando-se nas imagens captadas pela RTP na Noite do Roubo, enquanto içadas pela calada da noite para camiões”.

O armazém que ficou destruído pelo fogo estava a ser utilizado também para a venda de artigos aos turistas do comboio a vapor do Douro.

Enviar um comentário