A entidade gestora dos fundos de desenvolvimento rural, no Baixo Tâmega, está a trabalhar para dinamizar, em 2014, um novo operador fluvial com oferta turística nos destinos do designado «Douro Verde».



“Dos contactos que temos feito, estamos plenamente convencidos de que isso vai ocorrer”, adiantou à Lusa Telmo Pinto, presidente da Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega, Dolmen.

Segundo o dirigente, o operador turístico será criado por empreendedores do território, em parceria com outras entidades.

A partir de 2014, disse, os fundos do próximo quadro comunitário de apoio poderão ajudar à constituição do novo promotor turístico, com sede no Baixo Tâmega.

A Dolmen deseja que o futuro operador explore, a partir do rio Douro, o potencial turístico dos concelhos ribeirinhos de Penafiel, Marco de Canaveses, Baião (margem direita), Cinfães e Resende (margem esquerda), que constituem o chamado “Douro Verde”, por ali ser produzido vinho verde.

“Se passam centenas de milhares de pessoas no rio Douro, nós queremos que haja um operador da região, ou de fora dela, que sinta que há aqui um grande potencial que importa aproveitar”, observou.

Telmo Pinto falava após um passeio de barco realizado hoje no Douro, entre em Pala, em Baião, e a Régua, que terminou em Porto Antigo, Cinfães, com o propósito de evidenciar as potencialidades daquele troço de rio.

A bordo seguiam dezenas de empresários de restauração e hotelaria, promotores turísticos, autarcas e representantes de outras entidades ligadas ao sector.

“O Douro também é nosso” “Há aqui esta zona intermédia que só vê os barcos passar, mas o Douro também é nosso”, destacou, em declarações à Lusa, exortando a região no sentido de alterar a situação.

“Num momento de grande crise, temos de perceber que não podemos fazer mais do mesmo. Temos de acrescentar muito mais ao que fazemos pelo território”, frisou ainda, referindo-se à necessidade de “promover o Douro Verde de forma integrada”.

“Temos de vender a singularidade do conjunto e não a singularidade de cada concelho”, considerou, enquanto lembrava as riquezas culturais, patrimoniais, paisagísticas e gastronómicas do território.

Segundo o dirigente da Dolmen, “o rio Douro deve ser o indutor do desenvolvimento integrado” daqueles concelhos, que é algo que, lamentou, “neste momento não está a acontecer”.

“Nós queremos criar condições para que os barcos que passam atraquem cá e os turistas possam conhecer as potencialidades da região, gerando receitas para a nossa economia”, concluiu.

O passeio pelo Douro realizou-se quinta-feira no âmbito do projecto de Cooperação Interterritorial “Paisagens Milenares”, apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), no contexto da “Acção Maravilhas da Gastronomia”.

No final do passeio, em Cinfães, foi servido um almoço com vários pratos da gastronomia da região, destacando-se o anho assado, o leitão e a doçaria tradicional.

Agência Lusa

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