O dirigente Filipe Costa dá conta de que o Ministério da Saúde tem em curso uma reestruturação na Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), a entidade responsável pelos 15 centros de saúde e três hospitais da região, que se traduz na "redução de horários no funcionamento dos centros de saúde e com os custos de pessoal, médicos, enfermeiros e auxiliares".
Esta reestruturação "não é mais que a concentração, eliminação de valências e encerramento de vários serviços de saúde", diz a direção regional do PCP, que denuncia também uma alegada intenção de encerrar a urgência básica do hospital de Macedo de Cavaleiros.
"Não há nenhuma garantia, nem por parte da administração nem por parte da tutela, de que o Serviço de Urgência Básica de Macedo de Cavaleiros não seja para encerrar, colocando assim em causa o funcionamento do próprio hospital que é o único na região com ortopedia, fisiatria, cuidados paliativos e de AVC", refere o dirigente comunista. Contactada pela Lusa, a administração da ULSNE não se quis pronunciar sobre as questões levantadas.
Segundo adianta o PCP, a direção regional do partido e o deputado Jorge Machado, visitaram o hospital de Macedo de Cavaleiros no âmbito da interpelação ao Governo que o grupo parlamentar do PCP fará, na quinta-feira, na Assembleia da República, sobre o encerramento de vários serviços públicos em todo o país.
A comitiva reuniu-se também com o diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte, em Mirandela, que - garante o PCP - "confirmou que o laboratório de apoio à atividade agropecuária situado em Mirandela é para encerrar e muitas das valências passam para Vairão, Vila do Conde, permanecendo apenas as análises do azeite".
"A não admissão de pessoal, imposta pelo Governo, na Administração Pública é um problema para o desenvolvimento da atividade da Direção Regional de Agricultura e Pescas, pois considera necessário o rejuvenescimento do quadro de pessoal e que há um défice no controlo e fiscalização", transmitiu o PCP.
A direção regional do PCP "considera que o encerramento de serviços públicos no distrito de Bragança que o Governo PSD/CDS-PP pretende concretizar é contrária aos interesses dos transmontanos e da região".
Os comunistas recordam que está ainda previsto o encerramento de "nove das 12 repartições das finanças, cinco dos 11 tribunais, três estações dos CTT e a saída do helicóptero do INEM" estacionado em Macedo de Cavaleiros.
Defendem ainda que "urge demitir este Governo e romper com esta política e que só a luta das vítimas desta política de desastre nacional é o caminho para demitir este Governo e construir uma política alternativa, patriótica e de esquerda".
HFI // JGJ
Lusa/fim
Fonte: Agência Lusa
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