Os proponentes da classificação da linha do Tua como monumento nacional anunciaram na passada sexta-feira que avançaram com uma providência cautelar a pedir a suspensão da decisão do IGESPAR, Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico de arquivar o processo.

Os proponentes esperam conseguir com o processo de classificação travar a construção da barragem de Foz Tua que vai submergir 16 quilómetros de carris e inviabilizar a ferrovia.

«Inconformados» com a decisão, os defensores da ferrovia transmontana recorreram ao Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto a pedir a suspensão da eficácia da decisão do IGESPAR.

Em comunicado, os autores da acção judicial esclarecem que pretendem que o tribunal decrete a suspensão da decisão de arquivamento enquanto aprecia as ilegalidades invocadas pelos proponentes naquela que é a acção principal e que terá a decisão judicial definitiva.

A iniciativa surge depois de o IGESPAR ter decidido, em apenas dois meses, que «não há nada de especial» na linha do Tua, determinando o arquivamento do processo de classificação desencadeado por uma petição iniciativa de um grupo de personalidades ligados a diferentes sectores da sociedade.

Entre os proponentes da classificação estão Manuela Cunha, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), o antigo director do Museu do Douro Gaspar Martins Pereira, Lopes Cordeiro da Universidade de Braga e especialista em património ferroviário, Célia Quintas da Associação dos Amigos do Vale do Tua e Mário de Carvalho do Movimento Cívico de Defesa da Linha do Tua.

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