Depois da seca no ano passado, alguns viticultores do Douro queixam-se agora da chuva intensa que está a provocar prejuízos nas vinhas, derrubando muros de xisto e patamares um pouco por toda a região.
A agricultura é uma atividade que está dependente das condições meteorológicas. E se, em 2012, foi a seca que provocou queixas e prejuízos, este ano é a chuva intensa que não dá descanso aos viticultores durienses.
Por exemplo, em Santa Marta de Penaguião, onde a principal atividade económica é a produção de vinho, Maurício Sequeira ainda está a fazer as contas, mas fala já em prejuízos na vinha que poderão rondar entre os 10 a 15 mil euros.
Prejuízos esses que, diz, foram provocados pela chuva intensa que derrubou muros e patamares, arrastando também videiras.
“Há o problema dos muros que estão derrubados e é preciso levantá-los, mais a quebra na produção, mais a replantação que serão mais dois ou três anos”, sublinhou.
Para este produtor duriense, esta era a “pior coisa que podia ter acontecido” ao Douro.
“No ano passado com a falta de água as videiras não singraram e este ano queria replantar tudo de novo. Este ano queria fazer mais cedo para apanhar as águas e afinal foi a desgraça”, sublinhou.
Edgar Sequeira, também produtor de vinho, queixou-se principalmente da queda de muros de xisto e da despesa que representa agora reconstruir estes que são dos elementos mais marcantes da paisagem classificada pela UNESCO em 2001.
“Com o temporal que tem estado, os muros caem desordenamento, uns por cima dos outros provocando grandes prejuízos na região”, frisou.
O agricultor queixa-se de um processo burocrático para aceder aos apoios à reconstrução destes muros tradicionais e da necessidade de se recorrer a mão-de-obra paga, o que causa ainda mais dificuldades.
Contactado pela agência Lusa, o responsável pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Manuel Cardoso, referiu que desde o início do ano já foram reportadas aos serviços algumas queixas de estragos provocados pelo mau tempo, mas salientou que se trata de “situações relativamente normais”.
A maior parte dos estragos terão ocorrido sobretudo nas vinhas mais novas, em que os terrenos ainda não estão consolidados.
Manuel Cardoso salientou que as queixas apresentadas foram registadas e que se procedeu ao seu encaminhamento para, depois, os agricultores poderem recorrer às várias linhas de apoio, que já estão implementadas, com vista à recuperação dos muros.
Por exemplo, no âmbito do programa de financiamento comunitário PRODER, foi criada a medida específica de Intervenção Territorial Integrada do Douro Vinhateiro, que apoia a manutenção e conservação destas estruturas tradicionais.
Uns chamam-lhes as “rugas” outros os “degraus” do Douro. Os muros de xisto foram construídos nos últimos séculos pelos durienses e serpenteiam a paisagem ao longo de vários quilómetros.
Só que, quando ocorrem intempéries são muitos os muros e socalcos derrubados pela força das águas.
Nos últimos anos foram reconstruídos cerca de 200 quilómetros de muros de xisto, num investimento de cerca de 125 milhões de euros, com o apoio de fundos comunitários.
Agência Lusa
A agricultura é uma atividade que está dependente das condições meteorológicas. E se, em 2012, foi a seca que provocou queixas e prejuízos, este ano é a chuva intensa que não dá descanso aos viticultores durienses.
Por exemplo, em Santa Marta de Penaguião, onde a principal atividade económica é a produção de vinho, Maurício Sequeira ainda está a fazer as contas, mas fala já em prejuízos na vinha que poderão rondar entre os 10 a 15 mil euros.
Prejuízos esses que, diz, foram provocados pela chuva intensa que derrubou muros e patamares, arrastando também videiras.
“Há o problema dos muros que estão derrubados e é preciso levantá-los, mais a quebra na produção, mais a replantação que serão mais dois ou três anos”, sublinhou.
Para este produtor duriense, esta era a “pior coisa que podia ter acontecido” ao Douro.
“No ano passado com a falta de água as videiras não singraram e este ano queria replantar tudo de novo. Este ano queria fazer mais cedo para apanhar as águas e afinal foi a desgraça”, sublinhou.
Edgar Sequeira, também produtor de vinho, queixou-se principalmente da queda de muros de xisto e da despesa que representa agora reconstruir estes que são dos elementos mais marcantes da paisagem classificada pela UNESCO em 2001.
“Com o temporal que tem estado, os muros caem desordenamento, uns por cima dos outros provocando grandes prejuízos na região”, frisou.
O agricultor queixa-se de um processo burocrático para aceder aos apoios à reconstrução destes muros tradicionais e da necessidade de se recorrer a mão-de-obra paga, o que causa ainda mais dificuldades.
Contactado pela agência Lusa, o responsável pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), Manuel Cardoso, referiu que desde o início do ano já foram reportadas aos serviços algumas queixas de estragos provocados pelo mau tempo, mas salientou que se trata de “situações relativamente normais”.
A maior parte dos estragos terão ocorrido sobretudo nas vinhas mais novas, em que os terrenos ainda não estão consolidados.
Manuel Cardoso salientou que as queixas apresentadas foram registadas e que se procedeu ao seu encaminhamento para, depois, os agricultores poderem recorrer às várias linhas de apoio, que já estão implementadas, com vista à recuperação dos muros.
Por exemplo, no âmbito do programa de financiamento comunitário PRODER, foi criada a medida específica de Intervenção Territorial Integrada do Douro Vinhateiro, que apoia a manutenção e conservação destas estruturas tradicionais.
Uns chamam-lhes as “rugas” outros os “degraus” do Douro. Os muros de xisto foram construídos nos últimos séculos pelos durienses e serpenteiam a paisagem ao longo de vários quilómetros.
Só que, quando ocorrem intempéries são muitos os muros e socalcos derrubados pela força das águas.
Nos últimos anos foram reconstruídos cerca de 200 quilómetros de muros de xisto, num investimento de cerca de 125 milhões de euros, com o apoio de fundos comunitários.
Agência Lusa
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