O Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela aceitou a providĂȘncia cautelar interposta pela Plataforma Salvar o Tua para travar as obras da barragem da EDP.
A empresa e o Estado tĂȘm atĂ© 7 de outubro para se pronunciarem e sĂł depois serĂĄ conhecida a decisĂŁo do tribunal, garante uma notĂcia publicado hoje no site Esquerda.Net.
A ação judicial foi interposta apĂłs a decisĂŁo da UNESCO em considerar compatĂvel a construção da barragem de Foz Tua com o Douro PatrimĂłnio Mundial. As associaçÔes ambientalistas e de desenvolvimento local nĂŁo se conformaram com os argumentos da UNESCO e considerou que as medidas de salvaguarda propostas nĂŁo seriam suficientes para colmatar os danos irreversĂveis que a barragem irĂĄ causar no Vale do Tua e no Alto Douro Vinhateiro.
Para Joanaz de Melo, dirigente da GEOTA, que faz parte da Plataforma Salvar o Tua, "esta Ă© uma obra totalmente inĂștil e que vai ter um custo brutal para o paĂs", para alĂ©m de colocar em “risco o Douro PatrimĂłnio Mundial da Humanidade”. Ouvido pela agĂȘncia Lusa, o ambientalista acrescentou que esta barragem da EDP naquele local Ă© “mais uma fraude sobre os contribuintes portugueses, para alĂ©m de todos os danos ambientais e culturais que estĂŁo em causa”.
Depois de conhecida a luz verde da UNESCO para a construção da barragem, a Plataforma Salvar o Tua denunciou terem sido completamente ignorados os dois relatĂłrios entregues pelos ambientalistas sobre o impacto paisagĂstico do paredĂŁo da barragem ou o risco de alteraçÔes climĂĄticas que podem afetar no futuro a produção dos vinhos do Douro e do Porto.
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