Os agricultores transmontanos exigem estado de calamidade pública para a região.
A seca tem transformado os campos num autêntico deserto negro, sem pastagens e sem água, começando já os animais a morrer por falta de alimento.
O desespero dos agricultores começa a atingir o seu limite, quer pela falta da chuva, que teima em não chegar, quer pelo ostracismo a que as entidades governamentais os têm deitado.
Por isso, A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) já exigiu a declaração do estado de calamidade.
Na ausência de apoios concretos, os agricultores recorrem à boa vontade divina.
Hoje, sábado, a população de Alfândega da Fé vai realizar uma procissão ao Divino Senhor da Barca para pedir chuva.
A fé e a crença dos agricultores do nordeste surgem assim como o último recurso para fazer chover, e o Senhor da Barca, que se encontra num altar da capela do santuário da Santo Antão, junto ao rio Sabor, será hoje transferido para a ladeia de Parada, acompanhado de devotos que rezarão para que a chuva caia num solo germinado apenas com desespero.
[05-02-2005] L.P
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