Apenas cinco escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico das aldeias do concelho de Macedo de Cavaleiros vão permanecer abertas com a nova política de reestruturação da Direcção Regional de Educação do Norte e do Ministério da Educação. A estas cinco, ainda serão juntos os estabelecimentos de ensino da cidade de Macedo, mas a Câmara Municipal não concorda com esta medida da DREN.
Para Sílvia Garcia, vereadora da Educação e Cultura, “esta é uma medida que deve ser devidamente pensada e equacionada”. Segundo a responsável, a autarquia sabia de antemão que seria necessário proceder a uma modificação do actual modelo, mas não concorda com os procedimentos que estão a ser tomados. Da forma que o governo pretende esta reestruturação, são as autarquias que vão ficar com grande parte das despesas com os alunos, nomeadamente, alimentação e transportes. Custos que, para Sílvia Garcia, são “insuportáveis para a autarquia”.
Ao todo, o ministério quer encerrar no distrito 293 escolas. No município de Macedo, para além das escolas da cidade, permanecem ainda Bornes, Chacim, Morais, Podence e Vilarinho de Agrochão. Actualmente, nenhuma destas escolas tem mais de vinte alunos, todas rondam uma frequência de 15, excepto Chacim com apenas três, mas que vai permanecer aberta devido à sua localização e, ao facto de ter recebido obras há pouco tempo.
Mesmo com todo este processo, a vereadora assegura que a Carta Educativa ainda será aprovada este ano e que serão criados os Centros Educativos, que vão proporcionar melhores condições para os alunos. “Instalações com refeitório, espaços de lazer e polidesportivo”, afirma.
A edilidade considera por isso que a forma encabeçada pela DREN não é a mais correcta e, inclusive, enviou uma carta a este organismo solicitando a continuação da escola de Travanca. Este estabelecimento de ensino foi recentemente intervencionado e pode funcionar como apoio às escolas da cidade, que não vão ter capacidade para receber todos os alunos que vêm das aldeias.
Miguel Midões [20-01-2006] NN
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