Segundo noticia editada pela Lusa, a linha do Tua vai ficar quase toda submersa, caso seja aprovada a proposta que a EDP apresentou ontem dia 25 de Março, para a construção da barragem de Foz Tua com uma quota de 195 metros, o que significa que, ficarão debaixo de água 50 dos 66 quilómetros do que resta de caminho-de-ferro no nordeste Transmontano.

E se assim for, também vai desaparecer esta magnífica e bela paisagem do vale do rio Tua, que até já foi classificada entre as "linhas estreitas mais belas do mundo".
De salientar que a EDP foi a única concorrente a apresentar proposta para a construção e exploração, pelo período de 75 anos, da maior das dez barragens previstas no plano nacional do Governo.

A construção da barragem, cuja construção deverá iniciar-se no Outono do próximo ano vai ter uma capacidade de 324 megawatts (MW, e a sua conclusão está prevista para 2013.

Dos estudos prévios que foram efectuados em que foram analisadas várias cotas entre os 160 e 200 metros, todos revelavam que a parte mais atractiva turisticamente da linha e a ligação desta à Linha do Douro e ao litoral fica submersa, sendo que na cota mínima serão submersos pela albufeira os últimos 15 metros da linha, e com a cota máxima esta ligação irá ficar limitada ao percurso entre Mirandela e o Cachão.

Mas, apesar de oficialmente ainda não ter sido revelado nada sobre esta proposta, no início deste ano, o presidente do Instituto Nacional da Água declarou à comunicação social que qualquer solução implicaria a submersão da linha do Tua.

José Silvano, presidente da Câmara de da Princesa do Tua, não quis prestar declarações sobre as notícias que correm actualmente, prometendo que brevemente falaria sobre este assunto.

Desde que se deu o acidente há um ano atrás, em que perderam a vida três pessoas aquando do descarrilamento de uma carruagem do metro de Mirandela o serviço da CP, que paira no ar a hipótese do encerramento da linha do Tua. Volvido um ano sobre o acidente é que o troço foi reaberto, e, na semana passada, o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) ameaçou interditar a circulação.

A REFER, que é a proprietária da linha, e o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), não terminaram dentro do prazo estipulado, os estudos e as medidas de segurança. Entretanto o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres deu mais dois meses para a situação ser regularizada, ou seja até ao dia 21 de Maio.

Em simultâneo ao processo do acidente, decorreu o anúncio, os estudos e concurso público da barragem, em que tudo leva a crer que a linha do Tua vai ser encerrada definitivamente.

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