Os municípios do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça «Duero-Douro» (AECT) aprovaram um anteprojecto rodoviário para a zona transfronteiriça que abrange a região do Nordeste Transmontano. A via já foi denominada de “Estrada Verde de Fronteira” e a sua concretização poderá custar mais de duzentos milhões de euros.
È um projecto de grande dimensão e poderá contribuir para o desenvolvimento regional de toda a área fronteiriça que se estende entre Sanabria e Salamanca, podendo servir os concelhos de Vinhais, Bragança, Mogadouro, Miranda do Douro e Freixo de Espada à Cinta e estabelecer assim um traçado de fronteira mais facilitado com a rede viária espanhola e portuguesa.
A ideia, ainda em fase de anteprojecto, foi apresentada na última assembleia Geral do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça «Duero-Douro» que se realizou na vila de Mogadouro, tendo sido aprovada por unanimidade.
Os cerca de 180 participante desta assembleia, a maioria autarcas portugueses e espanhóis, não esconderam a sua surpresa perante a apresentação do estudo técnico que antecipa a apresentação do projecto rodoviário, ao qual, por unanimidade, deram luz verde.
Uma estrada verde de fronteira, com mais de quatrocentos quilómetros e com um custo calculado em mais de 200 milhões de euros, é agora um dos objectivos dos municípios portugueses e espanhóis que integram o agrupamento «Duero-Douro».
A “Estrada Verde de Fronteira” compõe-se de duas vias paralelas, alternativas e complementares entre si, sendo uma destinada ao tráfego de veículos motorizados e outra destinada a fins turísticos e onde se poderá circular a pé, de bicicleta, de burro ou de cavalo.
O objectivo deste projecto, além de tentar solucionar alguns problemas de acessibilidades na região fronteiriça, é também atrair turistas, facilitando assim o acesso a paisagens de elevada qualidade ambiental através de uma rodovia planeada com tais valências.
Existe já uma equipa técnica do AECT que se encontra a fazer trabalho de campo e de gabinete com vista à apresentação de um traçado, ou traçados alternativos, e os respectivos custos associados à sua execução.
Depois de realizados todos os estudos, o projecto definitivo será apresentado ao AECT que, por sua vez, o remeterá para a Comissão Europeia para a solicitação do financiamento necessário à sua concretização.
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