A UNESCO decidiu, no Camboja, que a Barragem de Foz Tua e o Douro Património Mundial são compatíveis, e por isso chegou ao fim um processo que durante algum tempo opôs os ativistas contra a barragem do Tua e o governo português.


Esta decisão levou o Partido Ecologista “Os Verdes” e emitirem uma nota de imprensa onde dizem lamentar “profundamente a decisão da UNESCO” e considera que esta decisão “constitui mais uma opção política do que, propriamente, uma opção técnica”.

No mesmo comunicado “Os Verdes” dizem que “discordam profundamente desta decisão pois defendem e acreditam que não é possível a dita compatibilidade entre a Barragem e a paisagem classificada do Douro. O PEV reafirma que a Barragem de Foz Tua tem um impacto grande que fere profundamente a paisagem duriense classificada pela UNESCO, uma ferida que nem as medidas de salvaguarda irão conseguir atenuar”.

“O PEV considera ainda que os pareceres emitidos pelo ICOMOS/UNESCO e as diversas deliberações da UNESCO, que têm vindo a ser tomadas ao longo do tempo, contêm em si várias contradições que resultam de pressões políticas e de informações que não correspondem à realidade e à verdade, nomeadamente as questões que dizem respeito à navegabilidade do Douro”.

O Partido afirma que brevemente “ tomará uma posição mais aprofundada sobre esta matéria mas, desde já, reafirma que a Barragem de Foz Tua será uma célula cancerígena que afetará o Douro Património Mundial cuja classificação está, agora mais do nunca, ameaçada, pois esta Barragem abrirá um precedente negativo para a paisagem classificada”, afirmam.

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