Em fax enviado ao Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, o Instituto de Estradas de Portugal (IEP) ameaçou fechar em definitivo a ponte de Remondes, contribuindo desta forma para aumentar o isolamento de um concelho que já de si sofre graves consequências devido ao encravamento provocado por falta de vias de comunicação.
As razões do IEP prendem-se com o desrespeito consecutivo pelo sinal que proíbe a passagem na ponte a veículos com um peso bruto superior a 10 toneladas. Entre os veículos que desrespeitam as regras da sinalética rodoviária, encontram-se alguns autocarros de transporte escolar, sobretudo os que efectuam o transporte dos alunos que vivem em aldeias situadas na margem sul do rio Sabor.
O IEP considera que as obras a realizar na ponte de Remondes são de profunda reestruturação, e não propriamente de “tapa-buracos como a considerou o presidente da Câmara”.
Quem não se conforma com toda esta situação é Moraes Machado, que considera que o caso deveria ser tratado com um carácter de urgência. Em fax enviado ao IEP, Ministro das Obras Públicas e Governo Civil, o autarca de Mogadouro solicita que as obras se realizem o mais rápido possível, e que se considere a importância deste acesso para a vila de Mogadouro, sugerindo, por isso, que este processo não siga os trâmites burocráticos habituais de forma a remeter a execução dos tão desejados arranjos para “daqui a muitos meses”.
As razões do inconformismo de Moraes Machado assentam no facto de o IEP já ter detectado as graves anomalias nesta estrutura há cerca de 30 meses, e desde então ainda não terem sido efectuadas quaisquer obras de reforço da velhinha ponte de Remondes.
L.P
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