A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé e a edilidade andam de candeias às avessas desde 2004.
As expectativas da cooperativa saíram goradas uma vez que não recebeu as ajudas oriundas da autarquia no que concerne às cerejas que sobrassem do certame, mas como isso não aconteceu a Cooperativa Agrícola doou o excedente, a instituições de caridade como forma de protesto, declarando assim a “guerra” entre ambas.
Este ano, apesar de terem formalizado a inscrição, em Abril passado, "nunca mais alguém da Câmara falou connosco" salientou o director, a cooperativa não participou neste certame, mas lembrou que tinha alertado que caso ninguém os contactasse para ajustar pormenores sobre a participação na feira, nomeadamente sobre a quantidade de cereja, não iriam ocupar o espaço. "A Câmara Municipal de Alfândega da Fé ignorou-nos completamente e nós, em protesto, decidimos faltar" e durante o evento realizado a semana passada, colocaram à venda cerejas à porta deste, em paralelo com a Feira da Cereja o que veio inflamar mais as relações com a autarquia.
A edilidade acusa mesmo a cooperativa de tentativa de boicote à Feira da cereja e afirmou que com a actual direcção a cooperativa não receberá nenhum tipo de financiamento da autarquia como afirmou ao JN, o edil, João Carlos Figueiredo, "qualquer acordo e apoio à cooperativa agrícola".
Neste momento a cooperativa tem um débito de cerca de 1,5 milhões de euros e a confirmar-se esta situação, segundo João Vítor, administrador e membro da direcção da cooperativa, esta medida põe em causa a sobrevivência da mesma e que poderá mesmo ter que cerrar portas. "Muito difícil de gerir sem apoios" disse. ~
João Vítor, afirma que esta posição da autarquia é encarada pela cooperativa como uma prova de que "não há interesse em ajudar os agricultores" e afirma ainda, que, apesar das promessas feitas pela autarquia, "ainda não ajudaram nada" e vai mesmo mais longe declarando que a edilidade tem "interesse que a cooperativa feche".
A direcção da cooperativa afirma ainda que a autarquia age desta forma porque acha que a Cooperativa Agrícola está a ser usada pela oposição socialista para atingir a actual gestão social-democrata.
É de salientar que estas duas instituições têm andado às avessas desde o início do governo de coligação PSD-CDS/PP.
C.M [16-06-2005]

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