Hasteadas as bandeiras daquele que é considerado o maior certame de Trás-os-Montes e Alto Douro, depressa a inauguração se encaminhou para outras temáticas directamente relacionadas com o evento e com o desenvolvimento económico da região. Ao governador foram expostos casos como a tão adiada construção do nó do IP4 na zona do polígono industrial de Macedo de Cavaleiros. Ciente da necessidade da ligação da zona industrial ao itinerário principal, como forma de rentabilizar as actividades económicas daquela zona e quebrando também o isolamento, Jorge Gomes admite que este é um caso a ter em atenção. Mas, tudo vai depender dos três projectos apresentados para a construção da futura auto-estrada número quatro até Quintanilha, que pode mesmo vir a passar no mesmo local do actual IP4, o que provoca depois a destruição de uma obra recente.
O governador fez questão de sair de Macedo sem fazer promessas, pois teme não as poder cumprir. À pergunta sobre a temática de criar um certame que englobe toda a região, uma espécie de Expo-Tras-os-Montes, Jorge Gomes concordou e mostrou-se bastante satisfeito com a ideia. Para o responsável, esta é uma forma de rentabilizar e de chamar o público nacional a estar presente neste tipo de iniciativas. Fazer uma feira em cada concelho leva a um dispersar dos empresários e da economia. O público acaba por ser distrital, ou seja, os consumidores normais que vão à feira não para comprar mas para ver, uma vez que já efectuaram as compras ao longo do ano.
A Feira de S.Pedro 2005 conta com os já habituais duzentos expositores. Por uma questão de espaço foram mesmo recusados determinados pedidos de algumas empresas. Segundo António Cunha, presidente da ACIMC, cerca de 80% dos expositores são requisitados de um ano para o outro assim que termina a feira. “Os outros 20% são muito poucos para todos os pedidos recebidos”, diz o responsável.
Outra questão que impossibilita o aumento do certame é a falta de infra-estruturas hoteleiras da cidade de Macedo de Cavaleiros. Esta situação obriga os empresários a uma deslocação diária para as cidades mais próximas, como é o caso de Bragança e Mirandela. Para António Cunha, a cidade tem hotelaria de qualidade, como é o caso das residenciais, mas não o suficiente para acolher um certame desta envergadura.
A Feira de S. Pedro começou a 25 de Junho e prolonga-se até 2 de Julho com um cartaz cultural variado, com artistas nacionais e internacionais, sem esquecer a música tradicional portuguesa e algumas provas desportivas de convívio.
Miguel Midões [28-06-2005]
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