As notícias de relatos de violência doméstica são uma constante em pleno século XXI, atingindo todas as classes sociais e todas as regiões do País, sendo as mulheres e as crianças os alvos preferenciais dos agressores.
Este insólito caso aconteceu na aldeia Vale de Juncal no concelho de Mirandela, onde uma mulher sub nutrida, maltratada, desidratada, completamente nua e ainda com a corrente de ferro ao pescoço, apareceu no sábado passado na casa de uma vizinha a pedir ajuda.
Foi ao cabo de oito penosos dias que uma mulher de 45 anos de idade, acorrentada pelo pescoço com uma corrente de ferro de cerca de 13Kg (usadas nos tractores agrícolas) pelo cônjuge, se conseguiu libertar e pedir ajuda.
A Guarda nacional Republicana de Mirandela, foi avisada pelos vizinhos da vítima e ao comparecer no local apanhou em flagrante delito o homem a agredir a vítima, com o intuito de a obrigar a voltar para casa.
Esta senhora, que apresentava hematomas e escoriações no corpo, foi prontamente levada para o hospital de Mirandela onde se encontra ainda internada a convalescer deste violência física e psicológica a que foi sujeita.Américo Magalhães, director clínico desta unidade de saúde, em declarações à Lusa disse que "a senhora está bem", embora fique mais alguns dias internada para equilibrar o estado de "deficiência alimentar e desidratação" em que se encontra.
Segundo fonte policial e judicial, o Tribunal de Mirandela já decretou a prisão preventiva do homem de 48 anos de idade, autor desta barbaridade, e este crime de sequestro pode ser punido com pena de prisão que poderá ir de dois a dez anos, se a privação da liberdade durar mais de dois dias e se for precedida ou acompanhada de ofensa à integridade física grave, tortura ou outro tratamento cruel ou desumano, o que se encaixa perfeitamente nesta situação.
Os depoimentos recolhidos nesta pacata aldeia do Nordeste Transmontano são todos unânimes, ao dizerem que o agressor é uma pessoa muito violenta e de mau carácter,estando já a serem recolhidas assinaturas para o expulsarem da aldeia.
C.M [22-06-2005]
Enviar um comentário