Joaquim Grácio, presidente da Associação dos Amigos da Amendoeira, sedeada em Freixo de Numão no concelho de Vila Nova de Foz Côa, defende que se deve dar primazia à parte económica e cultural do amendoal e só posteriormente se deve apostar e investir na componente turística.
Joaquim Grácio, presidente da Associação dos Amigos da Amendoeira, sedeada em Freixo de Numão no concelho de Vila Nova de Foz Côa, defende que se deve dar primazia à parte económica e cultural do amendoal e só posteriormente se deve apostar e investir na componente turística.

Em 2005, os produtores de amêndoa que já estavam inseridos numa organização de produtores reconhecida, receberam ajudas do estado no valor de trezentos e cinquenta e seis euros por hectare.

Na região transmontana, nos concelhos de Valpaços, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa os agricultores já se encontram nesta situação, e futuramente o concelho de Freixo de Espada poderá também usufruir das ajudas estatais.

O presidente desta Associação, advoga que “os autarcas dos concelhos produtores de amêndoa têm de olhar para esta cultura com afirmação e não se lembrarem da amendoeira só na altura da floração, na perspectiva de atraírem visitantes de outros pontos do país às festas e feiras” e defende também que os agricultores, “devem, duma vez por todas, aderir ao associativismo, de forma a receber as ajudas que são atribuídas ao sector, pois só desta forma é que se pode aproveitar todo o potencial económico do amendoal”.

Desde 1990 até agora que em Trás-os-Montes e Alto Douro e parte do Algarve já se perderam mais de cinco milhões de amendoeiras, e para reverter esta situação, “é preciso chamar a atenção para uma situação que acarreta prejuízos de vários milhões de euros na já débil agricultura transmontana” afirma o responsável da associação.

Devido às condições climatéricas anormais para a época, nomeadamente a falta de água, este ano a floração da amendoeira está atrasada.

[05-03-2006] NN

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