A saída dos serviços públicos de saúde de algumas localidades estão a despertar o interesse no sector privado.

Em Mirandela, por exemplo, após o encerramento do bloco de partos do Hospital, volvidos cinco meses da saída deste serviço, um grupo privado acaba de anunciar um projecto de construção de uma unidade com capacidade para realizar 1500 partos por ano.

A autarquia vai também participar no capital social da sociedade anónima até ao valor do terreno e das taxas de construção, ficando com um lugar no conselho de administração, onde pretende ajudar a definir as prioridades da saúde no concelho e quais as valências a reforçar.

O edil do município de Mirandela, disse à comunicação social que o projecto da Rede Nacional de Saúde Privada SA, que poderá eventualmente estar concluído em 2009, significando, nas suas palavras o " indício de um erro grave do ministro da Saúde".

Já Amaro Neves, representante do grupo privado, explicou que o projecto da sua empresa pretende "Criar uma alternativa moderna e credível na área da saúde, dadas as actuais lacunas existentes", explicou, sublinhando que o objectivo não é formar uma estrutura concorrente, mas sim criar "valências até agora inexistentes ou precárias", tornando a vida mais fácil à população desta região.

José Silvano tem uma reunião agendada com o ministro da Saúde no dia 14 de Março e pretende dizer-lhe que os argumentos técnicos da falta de especialistas deixam de ser válidos, uma vez que os médicos que vão integrar este novo hospital podem efectuar um trabalho de complementaridade no serviço público.

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