A Câmara de Vila Real anunciou esta segunda-feira a construção do Observatório da Biodiversidade, que resulta da reabilitação de um edifício das antigas minas de volfrâmio e vai revelar espécies como a carnívora drosera ou a borboleta azul.


O projecto está incluído no Programa de Preservação da Biodiversidade, lançado em 2010, e que conta com um investimento de 1,7 milhões de euros, aprovado no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte.

O vereador Miguel Esteves adiantou, em conferência de imprensa, que em breve se iniciará a recuperação do edifício das minas de volfrâmio, na Quintã, zona da Campeã, que albergará o observatório. O projecto estender-se-á a uma lagoa artificial, que começou por ser uma dissonância ambiental, mas que acabou por captar uma grande variedade de espécies, que poderão ali ser observadas.

Carlos Lima, coordenador do programa, salientou que são cerca de cinco hectares que vão funcionar como uma “montra” da biodiversidade do concelho, destacando a existência da drosera, uma pequena planta carnívora. No local foram também identificados alguns ninhos de myrmica, a formiga que faz parte do ciclo biológico da borboleta azul e o que leva a supor que este lepidóptero regressou ao vale da Campeã. Carlos Lima referiu ainda que o observatório vai ser também um ponto de concentração para “experiências entre a população rural e o desenvolvimento de projectos relacionados com plantas aromáticas e medicinais”.

Em Julho serão inaugurados vários bio-percursos e, entre 21 e 22 de Março, em Vila Real, decorre o Fórum Biodiversidade, que pretende divulgar as diferentes actividades que têm sido feitas no âmbito do programa. Em curso está a requalificação das margens do rio Corgo, que atravessa a cidade, tendo sido realizadas ainda várias “Rogas dos Rios”, acções de voluntariado com vista à limpeza dos cursos de água, e construídos muros no Alvão para proteger os sapos que morriam frequentemente atropelados. Fonte:

Fonte: Agência Lusa

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