Afinal a futura auto-estrada transmontana vai ter portagens. Quem o afirmou foi José Sócrates na visita que fez á região durante o passado fim-de-semana.

Segundo o primeiro-ministro a auto-estrada transmontana que vai ligar as capitais distritais da região terá o mesmo regime que todas as outras SCUT, mas haverá uma isenção para os residentes, declarou o governante no passado sábado em Bragança.

Esta rodovia, com uma extensão total de 130 quilómetros, aproveita em cerca de oitenta por cento o antigo traçado do IP4, facto que deixa os habitantes locais sem qualquer alternativa de circulação no eixo Vila Real- Bragança.

José Sócrates reafirmou a sua relação de compromisso que tem para com os transmontanos e com Trás-os-Montes e Alto Douro, região que tem os mais baixos níveis de desenvolvimento sócio económicos do país.

E no futuro a região terá o “ que resultou de um acordo com o PSD, feito na Assembleia da República, é o mesmo esquema que estamos a utilizar para todas as outras SCUT: terá portagens, sim, mas essas portagens terão excepções, terão isenções para aqueles que aqui residem", afirmou o primeiro-ministro em Bragança.

"É um apoio à região e às pessoas que aqui vivem por forma a que essas pessoas possam ser compensadas daquilo que é uma certa desvantagem de há muito tempo terem indicadores sócio económicos que estão abaixo da média nacional", sustentou. “Eu acho que isso é que é fazer justiça”, sublinhou.

José Sócrates frisou que "a opinião do Governo sempre foi que no interior deveríamos ter auto-estradas sem portagens, mas a verdade é que o PSD nunca concordou com isso e acabámos por chegar a um compromisso, que está hoje expresso nas SCUT do grande Porto".

"São SCUT em que temos portagens, mas que têm isenções para aqueles que residem e trabalham nesta região. Eu acho que é o mínimo de justiça e de solidariedade que devemos fazer para com o interior do país", declarou.

A Auto-estrada Transmontana implica um investimento inicial de 440 milhões e servirá 250 mil pessoas dos concelhos de Vila Real, Sabrosa, Murça, Alijó, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança.

De acordo com dados agora apresentados pelo Governo, a obra envolve 397 empresas que empregam actualmente 4060 trabalhadores e deverá estar concluída no final de 2012.
O mesmo prazo de conclusão tem a concessão Douro Interior, que envolve a construção do IP2, entre Macedo de Cavaleiros e a Guarda, e o IC5, entre o Pópulo, em Vila Real, e Miranda do Douro, com uma extensão total de 272 quilómetros.

Ainda durante a iniciativa “Governo Presente” que durante o passado fim-de-semana foi realizada na região transmontana, José Sócrates colocou a primeira pedra para construção da barragem de Foz Tua e inaugurou em Murça a primeira ligação das Redes de Nova Geração (RNG) no nordeste transmontano, que no futuro permitirão ligações de internet e transmissão de dados a altíssimas velocidades.

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