Numa reunião realizada no passado dia 4 de Fevereiro, a câmara municipal de Torre de Moncorvo mostrou-se desagradada com o encerramento dos oito Serviços de Atendimento Permanente (SAP) no distrito de Bragança.

Por tal facto emitiu uma nota de imprensa onde dá conta de uma deliberação tomada por unanimidades e que reflecte a posição e o entendimento geral dos seus responsáveis políticos relativamente ao encerramento nocturno dos oito Centros de Saúde do Distrito.

Na interpretação dada pelos responsáveis da autarquia de Torre de Moncorvo, nos termos do protocolo que foi assinado no tempo de Correia de Campos esse encerramento só estava previsto acontecer no final de 2011, uma vez que deveriam ser primeiro criadas as condições de acessibilidade geradas pelo IP2 e pelo IC5, rodovias que ainda se encontram em fase de construção e sobre as quais se desconhece as datas de abertura ao tráfego rodoviário.

Refere-se na mesma deliberação que a questão relacionada com o encerramento destes serviços resulta “da necessidade de proceder a cortes orçamentais, tendo sido colocada a hipótese de suspender uma série de valências actualmente existentes nos Centros de Saúde do Distrito, o que levaria à cessação de funções de 190 pessoas”.

O encerramento nocturno destes oito Centros de Saúde surge assim como alternativa à hipótese de encerramento de outras valências, originando um corte de 160 mil euros mensais. Segundo as contas realizadas na autarquia de Moncorvo “o funcionamento nocturno de cada Centro de Saúde custa mensalmente cerca de 20 mil euros dos quais dois terços são referentes ao pagamento das horas dos clínicos”.

Perante a ordem de encerramento do SAP local, a autarquia tentou encontrar de imediato uma alternativa, descobrindo na Santa Casa da Misericórdia local a possiblidade de assegurar serviços idênticos aos encerrados no Centro de Saúde local.

Mas a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo diz que não vai deixar de lutar pelo serviço nocturno do seu Centro de Saúde, que considera uma situação especial, dado o número de utentes que a ele recorrem. Para fundamentar tecnicamente a sua posição já encomendou um estudo técnico que visa uma futura avaliação do sistema de emergência vigente na vila e nas localidades que integram o concelho
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