A ANAFRE, Associação Nacional de Freguesias após a reunião efectuada no dia 3 de Abril, em Bragança, mostrou o seu desagrado na realização conjunta do referendo sobre a Constituição Europeia e as eleições autárquicas.
Da reunião do conselho geral da ANAFRE saiu a aprovação por maioria de um pedido ao presidente da Republica, Dr. Jorge Sampaio, no intuito de vetar a realização do referendo sobre a Constituição Europeia conjuntamente com as eleições autárquicas, sendo consensual a realização deste referendo com as eleições presidenciais, em Janeiro de 2006.Nesta reunião da ANAFRE também foram contabilizadas as reuniões já efectuadas com o novo Governo sobre questões relacionadas com a revisão dos diplomas legais relativos à freguesia, no que concerne à proposta do Governo sobre a limitação dos mandatos dos eleitos locais.
Embora ainda não seja oficial, a ANAFRE manifestou já a sua concordância sobre a limitação dos mandatos, emitindo na próxima semana um parecer sobre esta matéria."É necessário modernizar, é necessário renovar, dar oportunidades a outras pessoas que queiram também fazer intervenção política a favor das suas comunidades.
Acho que é um princípio salutar de uma democracia activa e dinâmica, como se pretende para a nossa", declarou Armando Vieira, presidente da ANAFRE.
Desde Sexta-feira que a ANAFRE promove e divulga entre os cerca de 300 eleitos locais do Distrito de Bragança programas existentes que permitem constituir as autarquias locais de postos de Internet e de pessoal qualificado, sobretudo jovens à procura do primeiro emprego, recorrendo a protocolos com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, contribuindo assim para a modernização das freguesias que é uma das metas da ANAFRE.
O Presidente da ANAFRE vai mesmo mais longe e defende que o governo deveria impor legalmente um prazo para a modernização das freguesias, o que acredita que poderá acontecer a curto prazo contribuindo desta forma para a "dignificação do poder local” pois "apesar de ser sustentáculo do sistema político, um alicerce do edifício democrático em Portugal, continua a ser o parente mais pobre do poder local” afirma.
C.M [05-04-2005]
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