A barragem de Freixeda foi construída na ribeira com o mesmo nome, pela Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, em parceria com a Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos em 1960.
Cinco anos depois (1965), a Casa do Povo desta freguesia no intuito de aproveitar este empreendimento para o regadio, tem vindo a insistir junto da Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos, agora o actual Instituto da Água, e actualmente com a Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM), ano após ano, na colocação de uma comporta na barragem.
Esta barragem, embora não tivesse sido construída para fins agrícolas, os agricultores entendem que ela poderia ser aproveitada com esse objectivo, embora só sendo possível com a colocação de uma comporta, o que sem a qual a albufeira não enche.
Os agricultores afirmam que a jusante existem cerca de cem hectares de terra fértil para a agricultura que poderiam usufruir desta água. A Junta de Freguesia local, em 1992, intercedeu junto da DRATM, para que a obra fosse integrada no programa de combate à seca desse ano, aspiração que foi inviabilizada.
Dois anos depois, 1994, renasceu a esperança dos agricultores com o programa “Recuperação de Regadios Tradicionais” e o que tudo apontava para um desfecho conveniente.
Ainda em 1994 aquando da eleição do presidente da Junta de Agricultores, para gerir os aproveitamentos hidroagrícolas do vale da Vilariça, Fernando Brás, iniciou vários contactos, que lhe prometeram a resolução do problema, já que os Serviços Regionais de Agricultura teriam considerado como prioritária esta zona, devido à particularidade do seu solo e micro-clima.
No decorrer do ano de 2005, constata-se que tudo não passou de promessas caídas no esquecimento, mas devido à seca prevista para este ano, os agricultores de Santa Comba da Vilariça voltam à carga com a velha questão da barragem da Freixeda, construída há 45 anos, e que nunca chegou a encher.
C.M [01-04-2005]

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