Há dois anos que está a ser feito o levantamento arqueológico do município de Macedo de Cavaleiros. No sábado passado, dia 21 de Maio, foi mesmo criada uma sala museu no Núcleo Central do Parque Natureza do Azibo. para a colocação dos objectos encontrados e enumerados pelos seis grupos de intervenção nas 38 freguesias do concelho.
Este inventário dos vestígios arqueológicos decorre em dez locais em simultâneo e está integrado no projecto “Terras Quentes”. Projecto este que está dividido em quatro sub capítulos, como: as escavações arqueológicas, a construção da carta arqueológica, bem como o inventário do património artístico e o levantamento do património etnográfico. Trabalhos que envolvem 150 pessoas, entre os quais se encontram 34 arqueólogos e historiadores de arte.
Carlos Mendes, coordenador do projecto de inventariação arqueológica, falou que os trabalhos decorrem há quase três anos em 34 locais de intervenção e que estão prestes a terminar. No entanto, “vão continuar sob investigação dois ou três sítios com maior valorização científica e turística”.
O coordenador falou ainda das últimas descobertas. Trata-se de quatro painéis de pinturas rupestres, a única forma de arte rupestre que faltava encontrar no concelho de Macedo de Cavaleiros. Os exemplares encontram-se no rio Azibo e foram descobertas e fotografadas no mês de Abril.
Macedo de Cavaleiros era um município que há dois anos atrás não tinha noção do seu património arqueológico. Hoje, lança a primeira pedra daquilo que pode vir a ser mais tarde o Museu de Arqueologia da cidade. A sala museu vai estar aberta ao público apenas por marcação e durante a época de verão e foi apresentada no seguimento das III Jornadas da Primavera, que decorreram no Núcleo Central do Parque Natureza do Azibo.
No final deste encontro foi ainda feito o lançamento do número dois da revista “Terras Quentes”, mesmo antes da sua presença física. Uma revista que expõe o trabalho de arqueologia desenvolvido pelos seis grupos de investigação a trabalhar para a edificação da Carta Arqueológica.
Miguel Midões [24-05-2005]
Enviar um comentário